#7 - A resposta da indústria de beleza ao BLM, com Carolina Pereira
Este podcast é sobretudo sobre a beleza e sobre o cruzamento que a beleza faz com a sociedade, este episódio surge numa situação de crise social, não só sentida nos EUA, como também no mundo inteiro. Na semana passada, não houve episódio porque decidi que ia usar as minhas redes durante uma semana inteira para amplificar o movimento, as vozes e as mensagens úteis que têm surgido, convidando a uma reflexão e aceitando este papel de responsabilidade social. Contudo, achei que devia usar também esta plataforma, este podcast, para falar sobre o movimento e, sobretudo, sobre como a indústria da beleza tem reagido. Ao longo deste episódio, eu e a convidada de hoje, iremos debater a importância das reacções, analisar algumas das falhas da indústria e conversar sobre as mudanças positivas que temos observado. Este é um assunto muito importante, não é por acaso que comecei este podcast com a Cláudia, a falar de representatividade na beleza. Por ser importante e relevante, este episódio será mais longo, ainda assim, deixámos algumas análises de parte, porque não iríamos ter capacidade de cobrir tudo numa só conversa ou num só episódio. A representatividade na beleza é, também, essencial para atingirmos a igualdade que desejamos. Para esta conversa e reflexão, convidei a Carolina Adães Pereira, editora de beleza da Elle Portugal. A Carolina tem um olho clínico sobre o ponto de intersecção entre a beleza e a sociedade, normalmente conversamos acompanhadas de margaritas e palomas e nos últimos dias falámos muito sobre o que se tem passado, preparámo-nos para este episódio e para este tema porque acreditamos que esta reflexão também é importante. A indústria da beleza é das que mais tem crescido nos últimos anos, quer em volume, quer em valor, mesmo durante a crise pandémica. Pode não ser uma indústria típica de Silicon Valley ou com aspirações politicas, mas é uma indústria com enorme importância social. A beleza não é fútil, é útil e é essencial revelar a sua importância para a igualdade. Há argumentos que têm sido usados há várias décadas e que já não fazem sentido, já não pode haver espaço para a discriminação nesta indústria. A comunidade negra, também tem poder de compra, também gera negócio, também gera tendências de moda e beleza. Haver representatividade ao nível dos catálogos de produtos disponíveis, ao nível da comunicação, ao nível dos quadros e ao nível das pessoas convidadas para promoverem uma marca é necessário. Está na hora de todos conhecermos e aceitarmos a nossa responsabilidade. A minha não começa, nem termina, neste episódio. Espero que a vossa e a da indústria da beleza, também não. Espero que este episódio vos possa ter deixar mais atentos, conscientes, críticos e exigentes enquanto consumidores de beleza. Se tiverem questões sobre este tema, sugestões ou quiserem participar em reflexões semelhantes contactem-me através do Instagram: @lily.justlily